terça-feira, 5 de junho de 2012

6º ANO LEITURAS

Os Povos Antigos


 

Os povos da Mesopotâmia


 

 

 

A palavra mesopotâmia tem origem grega e significa " terra entre rios". Essa região localiza-se entre os rios Tigre e Eufrates no Oriente Médio, onde atualmente é o Iraque. Esta civilização é considerada uma das mais antigas da história.


 

Sociedade e Economia


 

Independente dos povos que ocuparam a Mesopotâmia, podemos generalizar a sociedade em :

No topo dessa organização social estava o rei, considerado como representante de um determinado deus na Terra.

As classes privilegiadas dominavam os altos cargos públicos e monopolizavam o poder, a riqueza e o saber. Viviam ricamente da exploração do trabalho das massas nao privilegiadas.

Na Mesopotâmia as terras cultivaveis pertenciam aos deuses, por isso a maior parte delas era propriedade dos templos e dos governantes.

Estas terras eram entregue aos camponeses para o cultivo de cevada, trigo, legumes, árvores frutíferas como a macieira, o pessegueiro, a amemixeira, a pareira e princialmente a tamereira.

Pelo direito de cultivar o solo os camponeses eram obirgados a entregar aos sacerdotes parte do que proziam.

Como grandes proprietários e grandes

exploradores do trabalhos dos camponeses, artesãos e escravos, os sacerdotes acumulavam grandes fortunas.


 

 Religião


 

A religião mesopotâmica era politeísta e antropomórfica. Cada cidade tinha seu deus, cultuando como todo poderoso e imortal. Os principais deuses eram: Anu, deus do céu; Shamash, deus do Sol e da justiça; Ishtar, deusa do amor; e Marduk, criador do céu, da Terra, dos rios e dos homens.


 

Além de politeístas, os mesopotâmicos acreditavam e gênios, demônios, advinhações e magias. Procuravam viver intensamente, pois achavam que os mortos permaneciam num mundo subterrâneo e sem esperanças de uma nova vida. Para eles a vida cotidiana e o futuro das pessoas podiam ser determinados pela posição dos astros no céu. Os sacerdotes se aproveitaram das crendices para divulgar a astrologia, elaborar os horóscopos e monopolizar as previsões diárias através da leitura dos astros.


 

Artes, Escrita e Ciências


 

A principal arte da antiga Mesopotâmia foi, sem dúvida, a arquitetura, principalmente voltada para a construção de templos e palácios.

Os templos, chamados zigurates, possuiam na parte superior uma torre piramidal de base retangular, composta de vários pisos superiores. Provavelmente só os sacerdotes tinham acesso à torre, que tanto podia ser um santuário como um local de observação de astros.


 

A pintura e a escultura eram artes decorativas. Retratavam principalmente temas religiosos e guerreiros e embelezavam o interior dos templos e palácios, com destaque para baixos-relevos para assírios.

Os mesopotâmicos utilizavam a escrita cuneiforme criada pelos sumérios. Essa escrita, como as demais, é uma extraordinária fonte histórica, pois, através da leitura das plaquetas que chegaram até nós, podemos conhecer parte das leis, da literatura, das criações científicas, das práticas comerciais e religiosas e do comportamento social dos povos que viveram entre os rios Tigre e Eufrades.


 

Os babilônicos acreditavam na existência de uma relação entre os astros e o destino dos homens, e, por isso mesmo, a astronomia era sua ciência predileta. Eles foram os primeiros a fazer a distição entre planetas e estrelas, a observar várias fases da Lua, os eclipses e etc. Criaram os sígnos do zodíaco, dividiram o ano em 12 meses, a semana em 7 dias e o dia em 12 horas duplas.

Foram também os principais responsáveis pelo desenvolvimento da matemática.


 

Sumérios 

Este povo destacou-se na construção de um complexo sistema de controle da água dos rios. Construíram canais de irrigação, barragens e diques. A armazenagem da água era de fundamental importância para a sobrevivência das comunidades. Uma grande contribuição dos sumérios foi o desenvolvimento da escrita cuneiforme, por volta de 4000 a.C. Usavam placas de barro, onde cunhavam esta escrita. Muito do que sabemos hoje sobre este período da história, devemos as placas de argila com registros cotidianos, administrativos, econômicos e políticos da época.


 


 

história da mesopotâmia : zigurate


 

Modelo de um zigurate


 

Os sumérios, excelentes arquitetos e construtores, desenvolveram os zigurates. Estas construções eram em formato de pirâmides e serviam como locais de armazenagem de produtos agrícolas e também como templos religiosos. Construíram várias cidades importantes como, por exemplo: Ur, Nipur, Lagash e Eridu.


 

história da escrita 

Placa de argila com escrita cuneiforme


 

Babilônios 


 

Jardins Suspensos da Babilônia


 

Este povo construiu suas cidades nas margens do rio Eufrates. Foram responsáveis por um dos primeiros códigos de leis que temos conhecimento. Baseando-se nas Leis de Talião ( " olho por olho, dente por dente " ), o imperador e legislador Hamurabi desenvolveu um conjunto de leis para poder organizar e controlar a sociedade. De acordo com o Código de Hamurabi, todo criminoso deveria ser punido de uma forma proporcional ao delito cometido.

Os babilônios também desenvolveram um rico e preciso calendário, cujo objetivo principal era conhecer mais sobre as cheias do rio Eufrates e também obter melhores condições para o desenvolvimento da agricultura. Excelentes observadores dos astros e com grande conhecimento de astronomia, desenvolveram um preciso relógio de sol.

Além de Hamurabi, um outro imperador que se tornou conhecido por sua administração foi Nabucodonosor II, responsável pela construção dos Jardins suspensos da Babilônia (que fez para satisfazer sua esposa) e a Torre de Babel (zigurate vertical de 90 metros de altura). Sob seu comando, os babilônios chegaram a conquistar o povo hebreu e a cidade de Jerusalém.


 

CÓDIGO DE HAMURABI-O PRIMEIRO CÓDIGO JURÍDICO


 

Vejamos algumas normas que mostram o rigor das punições

  • Se um filho bater com as mãos em seu pai, terá suas mãos cortadas.Se um homem furar o olho de um homem livre, terá o seu olho também furado.

  • Se furar o olho de um escravo pagará metade do seu valor.

  • Se um médico tratou a ferida grave de um homem com faca de bronze e ele morrer,o médico terá suasmãos cortadas, se um homem arrancar os dentes de outro homem livre, seus próprios dentes serão também arrancados.

  • Se um arquiteto construir uma casa e ela cair matando o dono, o arquiteto poderá ser morto.

  • Se o filho do dono da casa morrer, o filho do arquiteto também será morto.

  • Se um homem roubar uma casa, será morto no local onde praticou o roubo.


 

Assírios 


 

Guerreiro Assírio


 

Este povo destacou-se pela organização e desenvolvimento de uma cultura militar. Encaravam a guerra como uma das principais formas de conquistar poder e desenvolver a sociedade. Eram extremamente cruéis com os povos inimigos que conquistavam. Impunham aos vencidos, castigos e crueldades como uma forma de manter respeito e espalhar o medo entre os outros povos. Com estas atitudes, tiveram que enfrentar uma série de revoltas populares nas regiões que conquistavam.





domingo, 3 de junho de 2012

QUEM FAZ A HISTÓRIA?



Quem construiu a Tebas das sete portas? Nos livros constam os nomes dos reis. Os reis arrastaram os blocos de pedra? E a Babilônia tantas vezes destruída. Quem ergueu outras tantas? Em que casas da Lima radiante de ouro moravam os construtores? Para onde foram os pedreiros? Na noite em que ficou pronta a Muralha da China? A grande Roma está cheia de arcos do triunfo. Quem os levantou? Sobre quem triunfaram os Césares? A decantada Bizâncio só tinha palácios para seus habitantes? Mesmo na legendária Atlântida, na noite em que o mar a engoliu. Os que se afogavam gritaram por seus escravos? O jovem Alexandre consquistou a Índia. Ele sozinho? César bateu os gauleses. Não tinha pelo menos um cozinheiro consigo? Felipe de Espanha chorou quando sua armada naufragou. Ninguém mais chorou? Fredrico II venceu a Guerra dos Sete Anos. Quem venceu além dele? Uma vitória a cada página. Quem cozinhava os banquetes da vitória? Um grande homem a cada dez anos. Quem pagava as despesas? Tantos relatos. Tantas perguntas.


 

Bertolt Brecht (1898-1956)