segunda-feira, 6 de agosto de 2012

CENTRALIZAÇÃO DO PODER NAS MONARQUIAS EUROPÉIAS



A MONARQUIA FRANCESA

Hugo Capeto (início da Dinástia Capetígea)

Ao longo da Idade Média, o território francês sofreu com o processo de desfragmentação política motivado pelo surgimento do feudalismo. Somente no século XII, ainda durante a dinastia capetíngia, o processo de centralização política francês foi iniciado pelo rei Filipe II. 


Felipe II

Usando dos conflitos contra os ingleses pelo controle do norte da França, este monarca conseguiu formar um grande exército sustentado pelos impostos cobrados ao longo do território nacional.
A formação desse imponente exército e a vitória contra os ingleses permitiu a ampliação do poder político real. A partir de então, o rei francês criou um articulado corpo de funcionários públicos que deveriam impor a autoridade real em oposição aos senhores feudais. Paralelamente, a burguesia passou a ceder grandes quantias para que o rei garantisse a liberdade das cidades através de uma carta de franquia, documento concedido pelo próprio monarca que liberava os centros urbanos das taxações feudais.


Luiz IX


Durante o governo do rei Luís IX, o poderio real foi ampliado com a criação de instituições jurídicas subordinadas às leis nacionais e a economia comercial se fortaleceu com a instituição de uma única moeda nacional. 

Tempos depois, no governo de Filipe IV, o Belo, a autoridade monárquica já era uma realidade presente. No ano de 1302, a assembléia dos Estados Gerais – composta pelo clero, a nobreza e os comerciantes – foi criada com o intuito de reafirmar a ação política do rei.


Felipe IV o Belo


Através desse órgão, o rei Filipe IV conseguiu impor taxas sobre as propriedades da Igreja. A ação do monarca francês foi imediatamente repreendida pelo papa Bonifácio VIII, que ameaçou o rei de excomunhão. Com a morte do papa, Filipe IV interferiu para que o cardeal francês Clemente V fosse escolhido como papa e, além disso, forçou que a sede do Vaticano fosse transferida para a cidade de Avignon. Nas décadas seguintes, esse episódio marcou uma rixa entre o Estado francês e a Igreja conhecida como o “cativeiro de Avignon” ou “Cisma do Ocidente”.

 A essa altura, a supremacia da autoridade monárquica francesa parecia não ter mais nenhum tipo de obstáculo. No entanto, as disputas fiscais e territoriais com a Inglaterra inseriram o Estado francês nos prolongados e penosos conflitos que marcaram a Guerra dos Cem Anos. 

Ao longo do século XIV, os gastos com a guerra e as conturbações sociais provenientes da Peste Negra e das revoltas camponesas abalaram a supremacia monárquica. Somente no século seguinte, uma série de levantes populares conseguiu interromper as seguidas vitórias dos britânicos na guerra.Foi nesse contexto que surgiu a mítica figura de Joana D’Arc, uma humilde filha de camponeses que comandou diversas lutas contra a Inglaterra, alegando cumprir ordens divinas. Essas vitórias fortaleceram politicamente Carlos VII, que foi coroado como rei da França e reorganizou a reação militar contra os britânicos. Mesmo sendo queimada em 1430, acusada de heresia, os feitos heróicos de Joana serviram para que os franceses voltassem a se empenhar na luta.


Carlos VII


No ano de 1453, o rei Carlos VII concluiu o processo de expulsão dos britânicos do território francês e passou a comandar com amplos poderes. Com o apoio dos grandes burgueses, centralizou o governo nacional, criou novos impostos e financiou a instituição de um exército permanente. A partir de então, a França tornou-se o exemplo máximo do absolutismo real europeu.


I
Carlos VII e Felipe IV


A Monarquia Francesa se consolidou, definitivamente, nos séculos XIV e XV, durante a Guerra dos Cem Anos contra a Inglaterra. Aliás, esse conflito foi importante também para a Inglaterra consolidar seu poder central.




Armas Inglesas

A MONARQUIA INGLESA


Henrique II

Henrique II(1154-1189) governou com mão forte, impondo-se aos barões (designação genérica dos grandes senhores ingleses; nos outros países, o título de barão fazia parte da pequena nobreza, situando-se abaixo de visconde e acima de cavaleiro). Tentou controlar a Igreja na Inglaterra, procurando submete-la aso tribunais reais; mas encontrou firme oposição do arcebispado de Canterbury, Thomas Becket, que por isso foi assassinado. O papa reagiu lançando um interdito a Inglaterra e Henrique recuaou, humilhando-se em uma cerimônia pública diante o túmulo de Becket.


Ricardo Coração de Leão


Ricardo Coração de Leão (1189-1199) preocupou-se mais com a Terceira Cruzada do que com as questões político-administrativas. 


João sem Terra

Foi sucedido por seu irmão João Sem Terra (1199-1216), um governante inábil, cuja tentativa de dispor dos cargos eclesiásticos na Inglaterra fracassou. Entrou em choque com o papa Inocêncio III, que o excomungou e transferiu a coroa inglesa para o rei da França, Felipe Augusto. Quando Felipe se aprestava para invadir a Inglaterra, João Sem Terra submeteu-se ao pontífice.

A essa altura, Felipe Augusto já anexara a seus domínios vários feudos que os reis ingleses possuíam na França. Depois da Batalha de Bouvines, os barões ingleses se revoltaram e impuseram a João Sem Terra a Magna Carta (1215). Este documento importantíssimo assegurava aos senhores leigos e eclesiásticos diversos direitos, entre os quais sobressaíam dois: o rei ficava proibido de criar impostos e taxas, sem o consentimento do Grande Conselho do Reino (órgão formado por bispos e barões), e os nobres acusados de crimes seriam julgados por um júri de seus iguais.



Henrique III


O filho de João Sem Terra, Henrique III (1216-1272), recusou-se a respeitar a Magna Carta. Bispos e barões mais uma vez se rebelaram e o Grande Conselho do Reino, agora chamado de Parlamento, impôs ao rei as Provisões de Oxford (1258), que na prática colocavam o governo nas mãos da nobreza. Anos depois, Henrique III tentou recuperar seu poder, mas foi vencido e caiu prisioneiro. 

Simon de Montfort (nobre anglo-francês, filho do vencedor dos hereges albigenses), líder dos barões, convocou então o Grande Parlamento (1265). Participavam dessa assembléia os prelados e barões e também, pela primeira vez, dois cavaleiros (membros da pequena nobreza) por condado e ainda representantes da burguesia. Esse foi o primeiro Parlamento com caráter verdadeiramente nacional que se reuniu na Inglaterra.O Parlamento passou então a ser uma instituição convocada regularmente. 


Eduardo I

No reinado de Eduardo I (1272-1307), oficializou-se a existência do Parlamento. Durante os reinados de Eduardo II e de Eduardo III, o poder do parlamento continuou a se fortalecer. 



Em 1350, o Parlamento se tornou bicameral, dividindo-se em Câmara dos Lordes, formada pelos membros do alto clero e da alta nobreza, e Câmara dos Comuns. A primeira era vitalícia e hereditária (exceto no caso dos bispos, por serem obrigados ao celibato clerical). Já a segunda, composta de cavaleiros e burgueses, era eletiva e seus membros tinham um mandato temporário. Começando como uma assembléia fiscalizadora e controladora do poder real, o Parlamento iria se transformar no órgão legislativo da Inglaterra. Dessa forma, enquanto a França caminhava em direção ao absolutismo, a Inglaterra tendia a ser uma monarquia limitada, que no século XVIII se tornaria parlamentarista.


Parlamento Inglês


A GUERRA DOS CEM ANOS


Iluminatura de um manuscrito da Guerra dos Cem Anos

Conflito entre França e Inglaterra causado pela pretensão do rei inglês Eduardo III (1312-1377) de disputar a sucessão do rei francês Carlos IV (1294-1328). Apesar do nome, dura mais tempo: vai de 1337 a 1453. A Inglaterra também luta pela posse do território de Flandres, sob domínio francês. Com o comércio dificultado na região, os ingleses querem ter livre acesso por meio da união dos reinados. O embate diminui o poder dos senhores feudais nos dois países e reforça a autoridade real.


A INVASÃO INGLESA


Para a sucessão de Carlos IV à Coroa da França é escolhido Felipe VI de Valois (1293-1350), sobrinho de Felipe IV, o Belo (1268-1314). Porém, o rei Eduardo III da Inglaterra, neto de Felipe, o Belo por parte de mãe, declara-se soberano da França e invade o país em 1337, reivindicando o trono. A superioridade do Exército inglês impõe sucessivas derrotas às forças inimigas. Em 1347, Eduardo III ocupa Calais, no norte da França. A peste negra e o esforço de guerra desencadeiam uma crise econômica que provoca revolta na população francesa. Milhares de camponeses atacam castelos e propriedades feudais. Felipe de Valois morre e é sucedido pelo filho João II, o Bom (1319-1364). Em 1356 ele é capturado por Eduardo, o Príncipe Negro de Gales (1330-1376), filho de Eduardo III, e levado para Londres. Em 1360, depois de assinar a Paz de Brétigny e o Tratado de Calais, volta à França. A Inglaterra renuncia à Coroa em troca da soberania sobre os territórios conquistados.

A REAÇÃO FRANCESA


Joana D'Arc


Com a ascensão de Carlos V (1338-1380) ao trono francês em 1364, o país reconquista quase todos os territórios e derrota os ingleses. No reinado de Carlos VI, o Bem Amado (1368-1422), o rei da Borgonha Felipe III, o Bom (1396-1467) alia-se aos ingleses. Juntos, em 1420 eles impõem aos franceses o Tratado de Troyes. Por ele, a filha de Carlos VI, Catarina, casa-se com Henrique V (1387-1422), da Inglaterra, assegurando o trono francês ao filho do casal. Em 1422, com a morte do avô materno, Henrique VI (1421-1471) é aclamado rei da França. Essa solução não é aceita por seu tio Carlos (1403-1461), filho do antigo soberano francês, e divide o país. No mesmo ano, Carlos VII é reconhecido como herdeiro legítimo pelo sul do país. Recebe ajuda da camponesa Joana D''Arc (1412-1431), que, à frente do Exército francês, derrota os ingleses. A vitória reacende o nacionalismo francês, e Carlos VII é coroado em 1429. No decorrer de uma guerra de 20 anos, ele reconquista Paris, Normandia, Formigny e Bordeaux. A Inglaterra fica apenas com Calais.Como conseqüência da perda da totalidade de suas possessões na França, os derrotados contestam os direitos de Henrique VI à Coroa inglesa. Por causa disso estoura na Inglaterra a Guerra das Duas Rosas, entre 1453 e 1485, na qual as famílias Lancaster e York disputam o trono inglês.



Filme Joana D'Arc


FORMAÇÃO DA MONARQUIA PORTUGUESA E ESPANHOLA


Península Ibérica



Coroa e Cetro Portuguêsa

A MONARQUIA PORTUGUESA


Portugal foi um dos primeiros países da Europa a consolidar um governo forte, centralizado na pessoa do rei. A formação da Monarquia Portuguesa iniciou-se nas lutas pela expulsão dos árabes que, desde o século VIII, ocupavam a península Ibérica. Essas lutas ficaram conhecidas como guerras de Reconquista.

Durante o domínio árabe, os povos cristãos ficaram restritos ao norte da península. A partir do século XI, pouco a pouco eles conseguiram ampliar seu território. Foram fundados, então, vários reinos, entre os quais Aragão, Navarra, leão, Castela. Com isso os muçulmanos começaram a recuar em direção ao litoral sul.Durante as guerras de Reconquista, destacou-se o nobre Henrique de Borgonha. 


Henrique de Borgonha

Como recompensa, ele recebeu do rei de Leão e Castela, Afonso VI, a mão de sua filha e as terras do condado portucalense.O filho de Henrique de Borgonha, Afonso Henriques, proclamou-se então rei de Portugal em 1139, rompendo os laços com Leão e Castela. Tinha início, assim, a dinastia de Borgonha. Afonso Henriques, o Conquistador, estendeu seus domínios para o sul, até o rio Tejo, e fez de Lisboa sua capital.



D. Afonso Henriques

Em 1383, com a morte do último rei da dinastia de Borgonha, D. Fernando, o Formoso, a Coroa portuguesa ficou ameaçada de ser anexada pelos soberanos de Leão e Castela, parentes do rei morto. 

Os portugueses não desejavam que seu país fosse governado por um rei estrangeiro. A burguesia, por sua vez, temia ver seus interesses comerciais prejudicados pelos nobres castelhanos.Para evitar a perda da independência, os portugueses aclamaram D.João, meio- irmão do rei morto, como novo rei.


D. João I Mestre de Avis

 

João, mestre da cidade de Avis, venceu os espanhóis e assumiu  o trono. O apoio financeiro da burguesia foi decisivo nessa vitória. Assim, durante toda a dinastia Avis, os reis favoreceram e apoiaram as atividades burguesas.



Joias da Coroa Espanhola

A MONARQUIA ESPANHOLA


A formação da monarquia espanhola também está ligada às guerras de Reconquista da península Ibérica. Vimos que durante esse processo diversos reinos foram constituídos. Em 1469, o casamento de Fernando (herdeiro do trono de Aragão) com Isabel (irmã do rei de Leão e Castela) uniu três reinos. Era o primeiro passo para a formação da Espanha.Em 1492, os exércitos de Fernando e Isabel apoderaram-se de Granada e expulsaram definitivamente os árabes da península Ibérica, consolidando a monarquia espanhola.No século XVI, com Carlos I, a Monarquia Espanhola fortaleceu-se ainda mais.


Os Reis Católicos Fernando e Isabel


AS REBELIÕES CAMPONESAS



Revolta Camponesa Idade Média

Além das guerras internas e externas e dos interesses da burguesia, outro movimento contribuiu para o fortalecimento do poder dos reis: as revoltas camponesas.Essas revoltas eram conseqüência da fome, da miséria e da exploração dos camponeses. Assustados com as rebeliões, os senhores feudais aceitavam a autoridade do rei, que, fortalecido, podia organizar exércitos para reprimir os numerosos movimentos de contestação.

Na França, as principais rebeliões ganharam o nome de jacqueries. Isso   em virtude da expressão “Jacques Bonhomme”, designação desdenhosa usada pelos nobres para referir-se a qualquer camponês (algo como Zé Ninguém). Na Inglaterra, os rebeldes foram liderados por um camponês artesão chamado Wat Tyler e por um padre de nome John Ball.Os camponeses na França e Inglaterra lutavam por melhores condições de vida. Não suportando mais as pesadas taxas exigidas pelos nobres, eles invadiam os castelos e saqueavam  os depósitos de alimento.As revoltas não duraram muito tempo, pois foram reprimidas com violência pelos exércitos ligados ao rei. Mesmo assim, contribuíram para mostrar a capacidade de organização e de luta dos camponeses.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

SUGESTÕES PARA JORNAL MURAL 6º ANO 2

 


01 - Dia Nacional do Selo


 


 


No dia 1º de agosto comemora-se o dia da emissão do primeiro selo postal brasileiro, que entrou em circulação já a partir dessa data.

A partir de uma ideia de D. Pedro II, o fato colocou o Brasil como o segundo país do mundo a trabalhar com a emissão de selos postais, perdendo apenas para a Inglaterra, a pioneira na criação, que emitiu o “Penny Black” em 1840.

O primeiro modelo brasileiro foi chamado de “Olho-de-Boi”, sendo distribuído no ano de 1843, recebendo esse nome devido à semelhança ao olho do animal.

Logo após, surgiram mais três modelos: “Inclinado”, no ano de 1844; “Olho-de-Cabra”, em 1850; e o “Olho-de-Gato”, em 1854; todos com o valor de 30, 60 e 90 réis.

O surgimento dos selos se deu em razão da evolução da humanidade, quando as pessoas passaram a obter algum tipo de formação, se interessando pela escola, passando a se comunicar através das cartas.

Com isso, surgiu a necessidade de se estabelecer as primeiras tarifas postais, de como essas cartas seriam enviadas aos seus destinatários, diferenciando-as através da distância, do tamanho e de seu peso.

O Brasil foi o primeiro país a lançar um modelo de selo postal em braile, a escrita dos deficientes visuais, que é feita através de pontos em alto relevo.

Em 1989 o Brasil lançou um modelo tridimensional, conhecido como holográfico, tornando-se o segundo país a distribuir um exemplar mais criativo e melhor elaborado.

 



 

Aos poucos, os modelos criados foram se tornando tão interessantes e valiosos que as pessoas passaram a colecioná-los, principalmente os mais raros, ficando reconhecidos como filatelistas.

O ato de colecionar selos se tornou tão atraente que foram criados álbuns específicos para o armazenamento e conservação dos mesmos, sendo que o arsenal brasileiro pode ser encontrado nas agências dos correios.

Os selos são de grande importância para uma nação, pois retratam parte da história do país, os principais fatos acontecidos; campanhas sociais, artísticas e culturais; tipos de profissões; espécies da flora e da fauna do Brasil e de seus espaços geográficos; homenageiam artistas e pessoas respeitáveis; dentre outros fatos importantes.

Segundo informações dos Correios, os selos brasileiros já conquistaram vários prêmios internacionais, como o São Gabriel (padroeiro dos correios), e de melhor selo estrangeiro, o Piracema, no ano de 2006.

Hoje em dia, em consequência das facilidades do mundo virtual, os selos estão esquecidos, pois a população se comunica através da internet. Mesmo assim, é muito interessante que crianças e jovens experimentem outros meios de comunicação, a fim de tornarem-se aptos a utilizar esses recursos. Além disso, visitar uma agência dos correios para ver o acervo do país será um passeio bem interessante para os mesmos.


Por Jussara de Barros

 


 

03 · Dia do Tintureiro


 



Corantes orgânicos e os Tintureiros

Os corantes mais usados na antiguidade remota, a partir de 3.000 a.C., eram obtidos de plantas, árvores, moluscos e insetos.

O vermelho era obtido a partir de insetos sugadores cujo corpo contém um corante, o ácido carmínico, um derivado da antraquinona, e cujo habitat era uma espécie de carvalho (carvalho do quermes ou sanguinolento (côr)) ou, também, de capins de certas regiões.

Depois de capturados os insetos eram secados e triturados.

O vermelho vivo, ou escarlate, obtido destes insetos era muito usado pelos judeus no seu culto religioso (Ex. XXVI,1).

Outra fonte de corante vermelho era a raiz de plantas do genero Rubia, em particular a Rubia tinctorum ou Rubia cordifolia( munjeet) da India.





 

Há indícios de que no Vale do Indus,em 3.000 a.C., já se tingia algodão com este corante.

Os egípcios importavam alguns corantes vermelhos, entre eles o quermes, que vinha da Síria.

Outro corante vermelho já usado em 2.500 a.C. era a henna (em arábico: hinna) ou Lawsonia inermis, de côr vermelho-alaranjado, como tintura de cabelo e dos dedos e das unhas e muito comum atualmente.

Os corantes amarelos eram extraidos das folhas do girassol (Carthamus tinctorius), ou do açafrão (Crocus sativus), muito comum no Egito, Siria e Creta ou ainda da curcuma (Curcuma longa) encontrada na Mesopotâmia, Egito e India.

O pó das raizes da curcuma além de fornecer o corante era também usado como condimento (curry, na culinária inglesa atual).

Na Mesopotâmia usavam-se as cascas da pomagranata (Punica granatum) para extrair com água uma tintura amarela que também servia como tinta.

Os corantes azuis usados eram o "woad" (Isatis tinctoria) e o indigo (Indigofera tinctoria) cujo uso para tingir roupas data de 2.500 a.C., no Egito e, posteriormente (300 a.C.), na Mesopotâmia.

Corantes provenientes de moluscos eram muito valiosos e sua extração constituia um dinâmico comércio no Mediterrâneo, entre Tiros e Haifa.

Eram de côr púrpura e obtidos das glândulas dos moluscos Purpura e Murex.

Eram usados para o tingimento de lã com côr vermelha-violeta ou púrpura escuro comerciada pelos Sírios.

A mistura do azul com púrpura para a obtenção de nuances, muito valiosas nesta época, para tingir a lã, era um segredo comercial.

Os corantes pretos eram usados para tingir os cabelos e eram obtidos do carvalho.

A tinturaria teve grande importância desde 2.000 a.C. e a profissão de tintureiro era muito valorizada. Nesta época esta atividade estava ligada também aos templos onde as roupas sagradas usadas pelos sacerdotes eram tingidas.

Na Mesopotâmia e no norte da Siria, por volta de 1500 a.C., apareceram grandes centros laníferos que exportavam sua produção para outras regiões, por exemplo, para o Egito, onde os tintureiros introduziram uma grande variedade de panos coloridos (vermelhos,amarelos,azuis e verdes) também listrados.

Outras cores surgiram posteriormente.


A fixação de muitos corantes no tecido era feita por mordentes que podiam ser sais inorgânicos como o alumen, sais de ferro ou cobre para a obtenção de preto intenso ou por produtos naturais, sob forma ácida, obtidos por fermentação de plantas.

O corante mais usado e que dispensa mordente era o indigo que era dissolvido em urina em grandes tachos. Este processo era muito usado no Egito .

As agruras da profissão de tintureiro ou "químico" , com seus odores e processos, era motivo de comentários desairosos por outros artesãos.

Os cheiros e odores resultantes desta atividade e as relacionadas à extração de corantes de moluscos, muito comum nas costas do Mediterrâneo, já representavam um problema de poluição local, dada à intensidade destas atividades.

 

03 . Dia do Capoeirista 

 

 


Século 19. Abolida a escravidão, nas principais cidades portuárias negros se oferecem para carregar móveis, mercadorias, dejetos.

Defendem-se por meio da capoeira. Ora empregando a agilidade, ora valendo-se também de cacetes e facas.

Maltas aterrorizavam a população. Com a República, em 1889, Deodoro da Fonseca (1827-1892) inicia campanha de combate à capoeira.

Em outubro de 1890, promulga a Lei 487, de Sampaio Ferraz, que prevê de dois a seis meses de trabalho forçado na Ilha de Fernando de Noronha. No art. 402, “Dos vadios capoeiras”, lê-se:

Fazer nas ruas e praças públicas exercícios de agilidade e destreza corporal conhecidos pela denominação capoeiragem; andar em correria, com armas ou instrumentos capazes de produzir uma lesão corporal, provocando tumulto ou desordem, ameaçando pessoa certa ou incerta, ou incutindo temor de algum mal.

Pena – prisão celular de dois a seis meses.

Parágrafo único – é considerada circunstância agravante pertencer o capoeira a algum bando ou malta. Aos chefes e cabeças se imporá a pena em dobro.

Ao assumir o poder com a Revolução de 1930, Getúlio Vargas liberou uma série de manifestações populares, entre elas a capoeira, que hoje aspira até a figurar nos jogos olímpicos.

 

 


 


Espírito do Capoeirista

1- Conhecer-se é dominar-se. dominar é triunfar.

2- Sempre ceder para vencer.

3- Capoeira é o que possui, inteligência para compreender aquilo que não lhe ensinam, paciência para ensinar o que aprendeu, e fé para acreditar naquilo que não compreende.

4- Quem teme perde, já está vencido.

5- Somente se aproxima da perfeição quem procura com constância, sabedoria, e sobre tudo com muita humildade.

6- Saber cada dia um pouco mais e usá-lo todos os dias para o bem é o caminho dos verdadeiros capoeiristas.

7- Quando verificarmos com tristeza, que não sabemos nada, terá feito o teu primeiro progresso na capoeira.

8- O corpo é uma arma, cuja a eficiência depende da precisão com que a sua inteligência.

9- Praticar capoeira é ensinar a inteligência e pensar com velocidade e exatidão e, ao corpo obedecer com justiça.

10- A fraqueza é susceptível, a ignorância é rancorosa, o saber e a força dão a compreensão, quem compreende perdoa.

11- O homem que domina sua mente jamais será escravo.

12- O que parece dificuldade constitui a chance de seu progresso.

13- Em tudo que fizeres, põe tua esperança a frente;

14- Um Mestre é alguém que tem a coragem de pensar, acreditar e até errar;

15- O importante é que transmita seus ensinamentos.


 

05 · Dia Nacional da Saúde

 


 


A data é importante: 5 de agosto, Dia Nacional da Saúde. O que nem todos sabem é que foi escolhida em homenagem ao médico sanitarista Oswaldo Cruz, que nasceu em 5 de agosto de 1872 e foi pioneiro no estudo de moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil.

Em 1900, fundou o Instituto Soroterápico Nacional, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, hoje Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Sua trajetória se confunde com a história da saúde pública brasileira.

Oswaldo Cruz: o médico do Brasil

Oswaldo Cruz nasceu em São Luis do Paraitinga, interior de São Paulo. Filho do médico Bento Gonçalves Cruz e de Amália Taborda de Bulhões Cruz, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro aos 15 anos. Antes de concluir o curso, publicou dois artigos sobre microbiologia na revista Brasil Médico.

Formou-se em 24 de dezembro de 1892, defendendo a tese "Veiculação Microbiana pelas Águas". Em 1896, foi para Paris especializar-se em bacteriologia no Instituto Pasteur, que na época reunia grandes nomes da ciência.

Oswaldo Cruz foi nomeado Diretor Geral de Saúde Pública em 1903, cargo que corresponde atualmente ao de Ministro da Saúde. Utilizando o Instituto Soroterápico Federal, atual Fiocruz, como base de apoio técnico-científico, deflagrou memoráveis campanhas de saneamento. Em poucos meses, a incidência de peste bubônica foi reduzida com o extermínio dos ratos, cujas pulgas transmitiam a doença.

Em 1904, com o recrudescimento dos surtos de varíola, o sanitarista tentou promover a vacinação em massa da população. Os jornais lançaram uma campanha contra a medida.



 



 

O congresso protestou e foi organizada a Liga contra a vacinação obrigatória. No dia 13 de novembro estourou a rebelião popular (a Revolta da Vacina) e, no dia 14, a Escola Militar da Praia Vermelha se levantou. O Governo derrotou a rebelião, mas suspendeu a obrigatoriedade da vacina.

Em 1909, Oswaldo Cruz deixou a Diretoria Geral de Saúde Pública, passando a se dedicar apenas ao Instituto (Fiocruz), onde lançou importantes expedições científicas que possibilitaram a ocupação do interior do país. Erradicou a febre amarela no Pará e realizou a campanha de saneamento da Amazônia.

Como conseqüência, as obras da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, cuja construção havia sido interrompida pelo grande número de mortes de operários pela malária, puderam ser finalizadas.

Em 1913 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Em 1915, por motivos de saúde, abandonou a direção do Instituto Soroterápico e mudou-se para Petrópolis. Como prefeito da cidade, traçou vasto plano de urbanização, que não pode ver executado.

Oswaldo Cruz morreu de insuficiência renal em 11 de fevereiro de 1917, em Petrópolis, com apenas 44 anos.


 

08 · Dia do Pároco

 



 

Segundo o dicionário, pároco é um substantivo masculino que significa:

1.Sacerdote encarregado da direção espiritual e da administração de uma paróquia.

2.Vigário, cura, prior.

Sendo sinônimo de: arcebispo, padre, clérigo, vigário, prior.

Pe. José de Anchieta (1534-1597) 

José de Anchieta, o mais importante dos jesuítas que estiveram no Brasil, nasceu na ilha de Tenerife, uma das ilhas Canárias, em 19 de março de 1534. Após estudar em Coimbra, Portugal, ingressa na Companhia de Jesus em 1551. 

Dois anos depois, ainda noviço, vem para o Brasil na comitiva de Duarte da Costa, segundo governador geral, com o intuito de catequizar os índios. Em 25 de janeiro de 1554, funda, com Manuel da Nóbrega, um colégio em Piratininga. Aos poucos se forma um povoado ao redor do colégio, batizado por José de Anchieta como São Paulo. Algum tempo depois, é enviado a São Vicente, onde aprendeu a língua tupi.

Em 1563, foi refém, durante cinco meses, dos índios tamoios. Nesse período escreve o poema em latim "De Beata Virgine Dei Matre Maria" e vários autos religiosos. Já doente muda-se para o Espírito Santo, onde morre aos 63 anos, na cidade de Reritiba, atual Anchieta. Em 1980, foi beatificado pelo papa João Paulo II.

José de Anchieta escreveu um número muito grande de autos, cartas e poesias de cunho religioso. Além disso, resultante do seu trabalho de catequese, escreveu Arte da gramática da língua mais usada na costa do Brasil, primeira gramática da língua tupi-guarani. A poesia escrita por José Anchieta está impregnada de conceitos morais, espirituais e pedagógicos. Por isso, sua linguagem é simples, apesar de ser escrita em redondilhas menores (cinco sílabas poéticas).

 

 

 

 11 · Dia da Televisão



 



 

No dia 11 de agosto comemora-se o dia da televisão, data que homenageia Santa Clara, oficialmente reconhecida como padroeira da TV, pelo Papa Pio XII, em Roma.

Sua mãe, ainda grávida, recebeu uma mensagem que dizia que sua filha traria a luz ao mundo, motivo pelo qual recebeu o nome de Clara.

De família nobre, Clara se entregou à vida devota da caridade, seguindo os princípios de São Francisco de Assis, de pobreza e fraternidade.

As primeiras transmissões televisivas foram feitas no início do século XX, através de ondas eletromagnéticas enviadas pelas transmissoras de televisão. Mas foi através da invenção do russo Vladmir Kosma Zworykin, o iconoscópio, que chegou-se a televisão que conhecemos.

A partir da década de 30 as transmissões televisivas tornaram-se regulares, nos Estados Unidos e Europa.

Rapidamente entraram em funcionamento as redes NBC (National Broadcasting Company) e a CBS (Columbia Broadcasting System), sendo seguidas pela BBC, de Londres.

Até então, as transmissões televisivas eram em preto e branco, sendo que o modelo a cores passou a funcionar a partir de 1954.

Nos anos 70 a televisão teve o seu ápice, sendo comercializada em grandes quantidades, tornando-se rapidamente um importante veículo de comunicação.

A partir dos anos 90, surgiu nos Estados Unidos os canais de televisão por assinatura, com transmissão a cabo, feita através de códigos que só são liberados com a compra do produto. Esse modelo de TV chegou ao Brasil rapidamente, mas popularizou-se somente após os anos 2000.

Ao longo de sua história, a televisão foi passando por transformações, estando cada vez mais aperfeiçoada. Hoje em dia podemos contar com transmissões digitais, sendo os aparelhos desenvolvidos com tecnologia de cristal líquido, com imagens e sons perfeitos.

No Brasil, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 90% da população do país conta com esse tipo de aparelho em suas residências. “A baixa escolaridade e a falta do hábito de leitura são alguns fatores que explicam a grande força da televisão no Brasil e em toda a América Latina”.

Até 2006, os canais e emissoras televisivas no Brasil chegaram ao número de 416, além das retransmissoras que chegam a quase dez mil. Dessas, algumas exercem o poder de massificação sobre a população, por serem as maiores e terem seus sinais de transmissão espalhados por quase todo o território nacional.

 

 


 


11 · Dia do Advogado 

 



 

 


A comemoração do Dia do Advogado é uma tradição que remonta ao Primeiro Império no Brasil (1822-1831). Dom Pedro I, que havia proclamado a Independência do Brasil anos antes, queria que o novo país tivesse suas próprias leis.

Em 1824 é redigida a primeira Constituição brasileira. Mas não bastavam leis sem alguém que as executasse. Pensando nisso, o Imperador criou, no dia 11 de agosto de 1827, os dois primeiros cursos de Direito no país. Um foi inaugurado em Olinda, no Mosteiro de São Bento, e outro em São Paulo.

O respeito pela nova profissão era tão grande que comerciantes e donos de restaurante faziam questão de bancar a conta dos estudantes de Direito nesta data. Assim, nascia outra tradição: o Dia da Pendura. A cada ano, os futuros advogados enchiam bares e restaurantes para comemorar o seu dia. Deixando os comerciantes mais felizes e mais pobres.

Com o tempo, a tradição foi perdendo força, justamente pelo número cada vez maior de estudantes “comendo e bebendo de graça”. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), hoje são 1003 cursos de Direito no país. Mas a data permaneceu e ainda hoje há quem tente “sair de fininho” alegando o dia da pendura.

Pagando a conta ou não, este dia serve também para reflexão do papel do advogado na sociedade. Segundo o vice-presidente nacional da OAB, Aristoteles Atheniense, “a sociedade cobra do advogado ética, não só em palavras vãs, mas no exercício consciente da profissão que elegemos”.

Por tudo isso, a atividade do advogado é muito importante. Como estabelece a Constituição, em seu artigo 133: “o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”



11 · Dia do Edudante





Como nasceu o dia do estudante

 

No dia 11 de agosto de 1827, D. Pedro I instituiu no Brasil os dois primeiros cursos de ciências jurídicas e sociais do país: um em São Paulo e o outro em Olinda, este último mais tarde transferido para Recife. Até então, todos os interessados em entender melhor o universo das leis tinham de ir a Coimbra, em Portugal, que abrigava a faculdade mais próxima.

 

 

 


 

Na capital paulista, o curso acabou sendo acolhido pelo Convento São Francisco, um edifício de taipa construído por volta do século XVII. As primeiras turmas formadas continham apenas 40 alunos. De lá para cá, nove Presidentes da República e outros inúmeros escritores, poetas e artistas já passaram pela escola do Largo São Francisco, incorporada à USP em 1934.

Cem anos após sua criação dos cursos de direito, Celso Gand Ley propôs que a data fosse escolhida para homenagear todos os estudantes. Foi assim que nasceu o Dia do Estudante, em 1927.


11 · Dia do Garçom


 





11 de Agosto

Regulamenta as profissões de maitre e de garçom e estabelece as condições de trabalho.

O Congresso Nacional decreta

Art. 1o Esta lei regulamenta as profissões de maitre e de garçom.

Art. 2º Maitre é o profissional responsável pela supervisão dos trabalhos desenvolvidos pelos garçons, competindo lhe, entre outras, as seguintes atribuições:

I – planejamento de rotinas de trabalho em restaurantes, hotéis, bares e similares;

II – treinamento de funcionários em sua área de atuação;

III – coordenação de equipes de trabalho na sua área de atuação;

IV – atendimento a clientes em restaurantes, hotéis, bares e similares;

V – avaliação de desempenho de funcionários.

Art. 3º Garçom é o profissional responsável pelo atendimento à clientela nos restaurantes, hotéis, bares e similares na área de alimentação e bebida, competindo-lhe, entre outras, as seguintes atribuições:

I – atendimento a clientes, recepcionando-os e servindo refeições e bebidas em restaurantes, hotéis, bares e similares;

II – montagem e desmontagem de praças, carrinhos, mesas, balcões e bares;

III – organização, conferência e controle de materiais de trabalho, bebidas e alimentos;

IV – elaboração de listas de espera nos estabelecimentos;

Art. 4º O exercício das profissões está condicionado à comprovação, pelo profissional, de conclusão do ensino fundamental e de curso profissionalizante de maitre ou de garçom, devidamente reconhecido, com duração mínima de 40 (quarenta) horas.

Parágrafo único. Poderão exercer a profissão aqueles que, independentemente da conclusão dos cursos mencionados no caput, comprovem que já exerciam atividades de maitre e de garçom antes do início da vigência da presente lei.

Art. 5º O exercício da atividade de maitre e de garçom em desacordo com a presente lei caracteriza exercício ilegal de profissão.

Art. 6º O piso salarial do garçom e do maitre será fixado em negociação coletiva.

Parágrafo único. As importâncias dadas a título de gorjeta serão rateadas entre os garçons que trabalharem no mesmo horário.

Art. 7º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.







JUSTIFICAÇÃO

As profissões de maitre e garçom assumem, atualmente, relevância ímpar no cenário social. E isso tem a sua razão de ser.

O maitre e o garçom, por força de seus ofícios, lidam no seu dia-a-dia com inúmeras pessoas em hotéis, restaurantes, bares e outras instituições do mesmo gênero. E essas pessoas são, muitas vezes, turistas que exigem um tratamento adequado, criterioso, educado.

Ante uma política de incremento do turismo que tem sido implementada em nosso País, reflexo de uma tendência mundial, diga-se de passagem, fica evidenciada uma necessidade de se estabelecer critérios mais rígidos para o exercício das profissões de maitre e garçom.

O turismo representa um dos principais instrumentos de captação de recursos, mas se o turista não for tratado de forma eficiente não retorna. E os profissionais objeto desta lei têm uma participação importante na construção da convicção desse turista, pois com ele lida diretamente.

Assim sendo, defendemos uma formação mínima para os profissionais que desejem exercem atividades próprias dos maitres e dos garçons, o que reverterá em benefício do cliente. E essa preocupação não deve estar voltada tão-somente para o turista, mas para toda e qualquer pessoa usuária dos serviços de bares e restaurantes.

Essa a razão pela qual acreditamos que a as profissões de maitre e de garçom estão a merecer uma regulamentação específica, o que nos leva a solicitar o apoio de nossos Pares para a aprovação do presente projeto de lei, convictos de que ele trará grandes benefícios para a categoria e, principalmente, para a sociedade.

É evidente a importância social e econômica que a categoria profissional dos garçons vem ganhando nas últimas décadas, sobretudo com o crescimento e dinamização do setor de turismo e entretenimento.

No entanto, em que pese, ainda, o fato de pertencerem a uma das mais numerosas das categorias profissionais do País, esses profissionais, de modo geral, trabalham de forma precária, sem garantia de respeito aos seus direitos básicos. Nem mesmo aquilo que é cobrado em seu nome, como a gorjeta, via de regra, lhe é repassado corretamente.

Com o presente projeto, pretendemos sanar essa falha de nossa legislação laboral, dando à valorosa categoria profissional dos garçons a garantia de que seu trabalho será justamente remunerado.

 

Deputado Geraldo Thadeu



11 . Dia Internacional da Logosofia







Em 11 de agosto de 1930, na cidade de Córdoba, Argentina, Carlos Bernardo González Pecotche, criador da ciência logosófica, dava início a uma das mais extraordinárias missões reservadas ao espírito humano na Terra: ensinar à humanidade uma nova linha de conhecimentos, de natureza transcendente.

González Pecotche pronunciou milhares de conferências sobre as grandes concepções logosóficas, que abarcam conceitos revolucionários sobre a vida e o destino do homem, sobre Deus e o Universo.

Nas dezenas de livros de sua autoria, expôs os fundamentos científicos da Logosofia, que contam, para aplicação dos seus ensinamentos ao campo experimental da própria vida, com um método "sui generis", de caráter intra-individual e capaz, portanto, de oferecer a cada psicologia humana os meios para promover sua auto-superação.

Este processo de superação e crescimento internos se realiza sob a fiscalização direta da consciência individual, de forma experimental e prática, sendo por isso denominado por González Pecotche de Processo de Evolução Consciente.

Através dele, o ser humano é levado, com seu esforço e aplicação, de forma gradual e segura, ao conhecimento de si mesmo, do seu próprio mundo interno, o que lhe dá acesso ao mundo transcendente ou causal, fonte de explicação para as grandes inquietudes humanas.

Em 1930, Pecotche instituiu a Fundação Logosófica com o objetivo de difundir a nova ciência que havia criado, hoje expandida a vários países através de centros culturais onde se estuda e pratica esta nova linha de conhecimentos transcendentes.

Fonte: Casa do Recreio ; Logosofia

 

 


 

 


12 Dia nacional das artes










A arte nasceu com o homem. Com a arte o homem conseguiu transformar o movimento em dança, o grito em canto, e reproduzir pela imagem e pelo gesto as coisas que sente e a emoção que contempla.

 

A presença da arte numa obra se nota quando através dela o artista nos comunica os seus temores, anseios e esperanças e quando ela estabelece uma relação profunda entre o homem e o mundo, exprimindo uma realidade interior mais intensa e não menos significativa do que a exterior que captamos através dos sentidos. Criar arte e amá-la foi privilegio de todos os povos, raças, crenças, épocas, meridianos e culturas.

 

Por tudo isso, e muito mais, as artes têm um valor imenso, inestimável em todo o mundo, e são ensinadas em todas as escolas públicas dos países desenvolvidos.

 







No Brasil, as artes (música, teatro, dança, etc.) só foram motivo de preocupação das autoridades ligadas à educação pública no século XX. As leis 4024 de l961, a 5692 de 1971 e a 9.394 de 1996 se preocuparam com o ensino da arte nas escolas e instituíram o ensino das quatro linguagens de artes (artes plásticas ou artes visuais, teatro, música, dança).

 

Com isto, acertaram plenamente, pois a meta principal do ensino da arte é: 1) o desenvolvimento do aluno nas quatro linguagens de artes; 2) o crescimento de sua autonomia e a capacidade inventiva, sempre levando em conta os valores e sentidos do seu universo cultural. No entanto, em todo este espaço de tempo, houve um descompasso entre a realidade das escolas e as inovações pretendidas pelas instâncias regulamentadoras.

 

O poder público que tem a tarefa de coordenar a política nacional de educação sempre deixou a desejar no que se refere ao investimento em políticas que priorizassem a formação do professor nas quatro linguagens da arte. Não investiu também no fornecimento de material de apoio e espaços de intimidade propícios à relação do aluno com as coisas e consigo mesmo. A arte precisa de um ambiente que impele à curiosidade, que leve o aluno a absorver do particular ao essencial, a descontrair para criar. É preciso valorizar os aspectos educativos contidos no universo da arte, porque ela contém em si muitos componentes pedagógicos.

 

Apesar das escolas públicas procurarem se adaptar à orientação da Lei 9.394 e com os Parâmetros Curriculares Nacionais, há deficiência no ensino da arte em quase todo o Brasil. Com isso, as atividades com as artes nas escolas públicas traduzem-se em técnicas de trabalhos artísticos em fundamentação teórica que apresente a arte enquanto linguagem contextualizada historicamente. Isto é grave porque atualmente muitas mudanças ocorreram na maneira de apreciar a arte.

Sua forma de expressão diversificou-se: ela está no filme, no anuncio de jornal, na TV, na publicidade, no desenho industrial. As artes visuais (artes plásticas, artes gráficas, vídeo, cinema, fotografia, arte de computador) indicadas pela Lei 9.394, as mais apreciadas atualmente, e mais úteis do ponto de vista econômico, não poderiam jamais deixar de ser ensinadas corretamente nas escolas públicas.

 

Dia dos Pais




 


 

O dia dos pais no Brasil é comemorado no segundo domingo de agosto. Isso faz com que haja uma variação na mesma, caindo em dias diferentes.

A história mais conhecida em comemoração ao dia dos pais é a de William Jackson Smart, um ex-combatente da guerra civil que perdeu sua esposa quando os seis filhos eram ainda bem pequenos, criando-os sozinho. Sua filha Sonora Smart resolveu homenageá-lo, no ano de 1909, em razão da admiração que sentia, por este ter dedicado sua vida aos filhos e ter conseguido criá-los muito bem. A data escolhida foi a de nascimento de Willian, dezenove de junho.

Aos poucos a data passou a ser difundida a outras famílias da cidade onde moravam, no estado de Washington, sendo espalhada por todo país, até que o presidente Richard Nixon tornou-a oficial.

Porém, o primeiro registro de homenagem a um pai surgiu na antiga Babilônia, há mais de quatro mil anos, onde um jovem modelou e esculpiu um cartão para seu pai, desejando sorte, saúde e muitos anos de vida.

Nos Estados Unidos a data ficou estabelecida para ser comemorada no terceiro domingo de junho, assim como África do Sul, México, Canadá, França, Turquia, Venezuela, dentre outros. Na Austrália e Nova Zelândia a comemoração acontece no primeiro domingo de setembro; na Rússia, no dia vinte e três de fevereiro; na Tailândia, no dia cinco de dezembro; e na Itália, no dia 19 de março, dia de São José.

 

 




A data passou a ser comemorada no Brasil a partir de 1953. Várias entidades da imprensa se juntaram a fim de promover um concurso onde homenageariam três tipos de pais: o pai com maior número de filhos, o pai mais jovem e o pai mais velho. Os vencedores foram um pai com trinta e um filhos, um pai de 16 anos e um pai com 98 anos.

Ao se tornar pai, o homem passa a ter responsabilidades com seus filhos, devendo sustentá-los de forma digna, dar-lhes atenção, amor, carinho e proteção.

Segundo a Constituição Federal do Brasil, de 1988, o pai tem direito a cinco dias de licença após o nascimento de seus filhos, onde terá tempo para auxiliar a mãe do recém-nascido e fazer o registro do mesmo, em cartório.

O sucesso da comemoração dessa data é muito grande, movimentando bastante o comércio, pois os filhos oferecem presentes aos seus progenitores. Neste dia, os pais recebem atenção e carinho, tornando a data um dia diferente e muito especial para todos.



Olimpíadas



Introdução

A cada quatro anos, atletas de centenas de países se reúnem num país sede para disputarem um conjunto de modalidades esportivas. A própria bandeira olímpica representa essa união de povos e raças, pois é formada por cinco anéis entrelaçados, representando os cinco continentes e suas cores. A paz, a amizade e o bom relacionamento entre os povos e o espírito olímpico são os princípios dos jogos olímpicos.

Origem dos Jogos Olímpicos


Foram os gregos que criaram os Jogos Olímpicos. Por volta de 2500 a.C., os gregos já faziam homenagens aos deuses, principalmente Zeus, com realização de competições. Porém, foi somente em 776 a.C. que ocorreram pela primeira vez os Jogos Olímpicos, de forma organizada e com participação de atletas de várias cidades-estado. 

Atletas das cidades-estados gregas se reuniam na cidade de Olímpia para disputarem diversas competições esportivas: atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e pentatlo (luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco). Os vencedores eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam uma coroa de louros.

Além da religiosidade, os gregos buscavam através dos Jogos Olímpicos a paz e a harmonia entre as cidades que compunham a civilização grega. Mostra também a importância que os gregos davam aos esportes e a manutenção de um corpo saudável.

No ano de 392 d.C., os Jogos Olímpicos e quaisquer manifestações religiosas do politeísmo grego foram proibidos pelo imperador romano Teodósio I, após converter-se para o cristianismo.

Jogos Olímpicos da Era Moderna

No ano 1896, os Jogos Olímpicos são retomados em Atenas, por iniciativa do francês Pierre de Fredy, conhecido com o barão de Coubertin. Nesta primeira Olimpíada da Era Moderna, participam 285 atletas de 13 países, disputando provas de atletismo, esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo, natação e tênis. Os vencedores das provas foram premiados com medalhas de ouro e um ramo de oliveira.

Jogos Olímpicos e Política

As Olimpíadas, em função de sua visibilidade na mídia, serviram de palco de manifestações políticas, desvirtuando seu principal objetivo de promover a paz e a amizade entre os povos. Nas Olimpíadas de Berlim (1936), o chanceler alemão Adolf Hitler, movido pela ideia de superioridade da raça ariana, não ficou para a premiação do atleta norte-americano negro Jesse Owens, que ganhou quatro medalhas de ouro. Nas Olimpíadas da Alemanha em Munique (1972), um atentado do grupo terrorista palestino Setembro Negro matou 11 atletas da delegação de Israel A partir deste fato, todos os Jogos Olímpicos ganharam uma preocupação com a segurança dos atletas e dos envolvidos nos jogos.

Em plena Guerra Fria, os EUA boicotaram os Jogos Olímpicos de Moscou (1980) em protesto contra a invasão do Afeganistão pelas tropas soviéticas. Em 1984, foi a vez da URSS não participar das Olimpíadas de Los Angeles, alegando falta de segurança para a delegação de atletas soviéticos.

Você sabia?

- No ano de 1916, as Olimpíadas deveriam ocorrer na Alemanha. Porém, em função da Primeira Guerra Mundial, os Jogos Olímpicos foram cancelados. 

- Em função da Segunda Guerra Mundial, os Jogos Olímpicos de 1940 e 1944 também foram cancelados.

- Críquete, golfe e cabo-de-guerra já foram esportes olímpicos no começo do século XX. Nas Olimpíadas de 1920 (Antuérpia - Bélgica), o tiro ao pombo também fez parte do quadro de jogos olímpicos.

- O lema olímpico "Citius, altius, fortius" (mais rápido, mais alto e mais forte) foi proposto por Pierre de Coubertin em 1894. Porém, o lema só foi oficialmente introduzido nas Olimpíadas de Paris de 1924. 

Vale lembrar: 

- Em 2016, as Olimpíadas ocorrerão na cidade do Rio de Janeiro.

- No ano de 2007, ocorreu, na cidade do Rio de Janeiro, outro evento esportivo internacional de grande importância: Os Jogos Pan-Americanos.

- No ano de 2008, as Olimpíadas foram realizadas na cidade chinesa de Pequim (China) e contou com a participação de atletas de 205 países.

- Estão sendo realizadas as Olimpíadas de Londres 2012. O evento ocorrerá entre os dias 27 de julho e 12 de agosto.